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Curso de Entidade Aprimora Balconistas de Autopeças

Curso de Entidade Aprimora Balconistas de Autopeças

Aulas presenciais servem de incentivo para que os profissionais do setor aprimorem o atendimento e evoluam na profissão

O mercado brasileiro de autopeças deve faturar R$ 70,8 bilhões em 2015, de acordo com projeções do Sindipeças, o sindicato que representa as indústrias de componentes automotivos. Ainda segundo a entidade, os dados mais recentes mostram que o segmento de reposição é responsável por 16,9% deste faturamento – o que, considerando a projeção, representa algo em torno de R$ 12 bilhões do volume de dinheiro total. O número ganha relevância quando lembramos que a frota de veículos já atingiu a marca de 41,5 milhões de unidades.

Em meio a esse mercado grandioso, é imprescindível que o balconista que queira se destacar no setor saiba manusear e reconhecer os itens que trabalha, além de ter noções básicas de comportamento interpessoal, descarte de peças e baterias usadas, pré-venda, venda, pós venda, entre outros atributos cada vez mais desejáveis e que, sem dúvida, valorizam o passe do atendente.

Para que os profissionais de vendas se sintam motivados a buscarem esses e outros conhecimentos, o Sincopeças do Rio Grande do Sul, em parceira com o Senac, realiza a terceira edição do curso de vendedor com foco em autopeças, por meio do Programa Senac de Gratuidade (PSG). Aluno da segunda turma do curso, Joilson Lopes, que atua no segmento há mais de cinco anos como auxiliar de vendas da distribuidora de filtros automotivos Santos Penedo e Companhia de Mercado, reconhece a importância do conteúdo trazido pelo curso para sua atividade profissional. “Com o término do curso, minha carreira profissional deu um salto. Dentro da empresa agora meus superiores podem contar comigo para assuntos que antes, por falta de conhecimento, eu não sabia como resolver”, afirma.

Embora alguns balconistas estejam no mercado há cinco, dez ou 16 anos, como Dayse Brum, é importante que mesmo os mais antigos se submetam a reciclagens periódicas. “Estou no segmento há 16 anos, presenciei muitas mudanças e vi a necessidade de acompanha-las por meio de livros, vídeo-aulas, cursos e palestras”, afirma Dayse, aluna da terceira turma do curso e consultora de vendas da Auto Peças Kobber.

Independentemente do tempo em que atuam no mercado de autopeças, Joilson Lopes e Dayse Brum afirmam que há detalhes abordados no curso que parecem simples, mas que nunca tinham notado. “É engraçado como tudo que o instrutor fala se encaixa em nossa realidade. O cliente não quer só comprar, ele quer um atendimento completo com alguém que possa tirar as dúvidas e dar explicações; hoje eu sou capaz de oferecer isso a eles”, afirma Lopes.

Para Dayse, desde que iniciou o curso, o que mais mudou foi a comunicação com os clientes. “Durante as aulas aprendemos a exterminar os nossos vícios de linguagem, a ser mais claros e objetivos”, afirma a profissional agora ainda mais completa.

Curso de formação de vendedores é porta de entrada para atuar no segmento

Com o objetivo de que os alunos interajam e troquem informações fora do ambiente escolar foi criado um grupo no WhatsApp, onde os que atuam no segmento podem auxiliar os que estão fazendo o curso, mas que ainda não iniciaram uma carreira no setor. “Nunca trabalhei neste mercado, mas esse curso servirá como porta de entrada para mim”, ressalta Veridiana Cortes Nunes, diarista.

Para outros será uma oportunidade de voltar para o segmento. “Trabalhei no segmento de leves e pesados menos de um ano, mas como não tenho muita experiência, não consegui me firmar no mercado”, lamenta Ricardo Carvalho Cardoso, vendedor de eletrônicos, na Multi Som.

Para os alunos que não atuam no setor e que sentem a necessitam de ter mais contato com os materiais didáticos, fica à disposição um espaço para compartilhar livros, revistas e jornais que abordam assuntos que são relevantes para o segmento. “Quando somamos o conteúdo dado em aula com os conteúdos que as revistas, livros e jornais oferecem, conseguimos perceber o quanto a cada dia estamos aprendendo e que trabalhar no setor não é só vender bem”, ressalta Veridiana.

Embora ainda não atuem, e percebam as dificuldades de entrar no segmento, Veridiana Cortes Nunes e Ricardo Carvalho Cardoso afirmam que assim que o curso terminar daqui a pouco mais de dois meses, a primeira coisa que farão será procurar emprego nas lojas de autopeças da cidade. “Quando o curso terminar, tentarei entrar no mercado de trabalho, no ramo de autopeças, e mesmo que eu não consiga de imediato continuarei fazendo cursos na área”, prevê Veridiana. Cardoso completa: “minha expectativa é sair do curso e procurar emprego na área automotiva. O mercado de peças é igual farmácia, com crise ou sem crise o carro precisa de conserto”, afirma.


Por Sabrina de Lima
sabrina.delima@novomeio.com.br